terça-feira, 22 de novembro de 2011

Poente

Quando o céu declama
Desmaia, desmama
Parece que o mundo desanda
No túnel da Doutor Arnaldo
Onde o rosto doura
O falso amarelo dura
Sol paulista feito lâmpada
Sol que exclama merchandising

Quando o túnel acaba
Na boca da nova avenida
O show esgotou
O sol escondeu

O dia se finda no caos
Sem os ritos do parto
Sem a lenta rotina do cais.

2 comentários:

  1. "Sem a lenta rotina o cais"...

    Finalmente você disse algo lindo e coerente.

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  2. Pelo meu lado, sempre achei tudo coerente por aqui. Além daquela acidez de sempre.

    Mas me prometi que não comentava mais se for só pra elogiar. (:

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